Eles não tem Facebook

2Já podem ser vistas as fotos dessa série!


Todas as imagens foram realizadas no mês de setembro em pequenas comunidades do Maranhão (Ponta Verde, Bebedouro, Betania, Boa Vista). São povoados com  muitas carências, algumas delas difíceis de entender como o descaso do poder público local pode ser tão duradouro, como por exemplo: o Pov de Betania, que está sem escola há 3 anos após o desmoronamento da única do local, lá também não existe posto de saúde e sequer um único telefone público. Outra já não tem energia elétrica, além também da falta de posto de saúde e telefonia, como é o caso do Pov de Ponta Verde e assim vai...


Oportunamente, relatarei como foi essa experiência de fazer novas fotos, devolver as antigas e conversar com os fotografados e seus familiares, que agradeço por permitirem a realização e divulgação desses registros.

Exposição Filhos da Areia


Este trabalho é o resultado de uma imersão fotográfica em um dos lugares únicos do território brasileiro - os Lençóis Maranhenses. Um lugar de natureza fascinante, austera pela imensidão das suas dunas e lagoas em meio a um cenário intensamente belo e desolado. Como fotógrafo, me sinto atraído pelas pessoas que transitam nessas paisagens bucólicas e remotas por onde ando, o seu modo de vida e a sua relação com o lugar onde vive. Naquele universo provido de águas cristalinas de todos os tons de verde e azul possíveis de se imaginar, minha atenção voltou-se para seus protagonistas mirins, crianças nascidas sob aquele cenário de brancura infinita, os filhos da areia.

Busquei o real daquela paisagem humana, os retratos tentam revelar um cotidiano cujas horas intercalavam-se entre o lirismo das brincadeiras infantis - forma única de transcender àquele labirinto eterno formado por água e areia - e a melancolia de uma sina de futuro incerto, tão qual a dança das dunas que cercam as suas moradas. Moradas localizadas em pequenos povoados, cujas populações variavam entre 80 a 400 habitantes.

É com grande orgulho, respeito e admiração que dedico este trabalho à essas pessoas retratadas e aos habitantes desse magnífico lugar.


Clique e veja algumas fotos do dia da abertura:

Paisagens do Maranhão

Agora, abro espaço para as fotografias da Natureza do Maranhão! Mas convido a conferirem os posts (nesse blog) que retratam os povoados por onde visitei e que ao meu ver, estes representam o que há de mais valor nesse estado: o  seu Povo.

 

19 de Agosto: Dia Internacional da Fotografia

Parabéns para todos que fazem ƒotografia!!!
Nesta foto: Elisa (Pov Betania-MA).
Ele me disse: "Oh! Caboclo deixa eu tirar um retrato teu?! Não resisti dei uma máquina e fiz essa foto...

8º Salão Nacional de Fotografia “Pérsio Galembeck” (Foto Selecionada)

Foto selecionada no 8º Salão Nacional de Fotografia “Pérsio Galembeck” 2011.
Tema desse ano: Retratos




































Realizei essa foto em 2010 e foi batizada como "Olhar Pesqueiro"



Gatos

"Deus criou o gato para que o homem tivesse o prazer de acariciar o tigre" 
Fernand Mery (escritor francês do sec XX)

Segue uma pequena coleção de fotos desses pequenos felinos. São seres surpreendentes de inteligência e personalidades marcantes... particularmente são os meus preferidos.
Revirei o banco de imagens, como um gato revira um novelo de lã para garimpar as fotografias desse post... com certeza algumas delas escaparam, como gatos escapam quando querem (são independentes). 


Os registros compreendem os anos entre 1996 e 2011 e foram realizados com diferentes equipamentos (digital e analógico) e filme cor e P&B. Estes surgiram na minha frente nas minhas andanças fotográficas!




Palhaços no Vale do Capão

Homenagem fotográfica aos PALHAÇOS (Encabeçado por Ale Caseli, o palhaço Biancorino). A seguir uma seleção de 16 imagens  realizadas no domingo carnavalesco de 2010, em um lugar muito especial da mágica Chapada Diamantina, o Vale do Capão.

Risos para você !

A Foto Polemica - XVII Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores -

O melhor da Arte é a polemica.... é quando testa o equilíbrio ... quando tenciona ... quando sugere...

 
Caros,

O texto abaixo, extraí do email de Karin Magnavita, formada em Belas Artes e Mestranda na área. É uma amiga que não a vejo há 24 anos e que escreveu acerca da minha foto que obteve o 1º Lugar na XVIII Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores. Foram mais de 2500 fotos avaliadas de cerca de 700 fotógrafos participantes.  Sem dúvidas, trata-se de uma imagem polêmica e que causa algum desconforto, diria uma tensão que briga com uma tranqüilidade. Vamos ao texto de Karin, abre aspas:

Fiquei um tempão admirando sua fotografia premiada e entendo perfeitamente porque a curadoria a escolheu, mas antes preciso contar um pouco do meu encontro com a arte contemporânea...

.... pra entender arte contemporânea, a primeira barreira a ser rompida foi com a questão do belo. Afinal, o que é belo? Qual sua relação com a arte? A primeira coisa que compreendi é que o belo não segue mais cânones como no passado, onde a figura humana deveria ser anatomicamente perfeita, a perspectiva matemática em equilíbrio e por aí vai, cada estilo seguindo regras de sua época. E eu acho que tais regras tiveram fundamento em determinadas épocas, porque a arte sempre reflete a vida e na vida sempre há tendências, modismos, crenças, e um monte de etcs...

Depois que estudei sobre a história da fotografia e as transformações ocorridas na arte a partir de então, ficou claro pra mim que houve uma ruptura importante e que a arte não poderia jamais ser como antes. Por isso, meu caro, quando olho pra sua fotografia, vejo verdade... e muita, muita sensibilidade.

Aquele quintal me provocou várias sensações. Um pouco de tristeza diante daquela pobreza e da miséria que existe no mundo... mas eis que surge um testemunho, uma marca, um sinal, um rastro de humanidade. Aquela boneca sugere inocência, pureza e amor. Porque me lembra a infância, onde tudo é doce e a vida está apenas começando. Alguém a lavou, portanto há cuidado, há carinho... Pergunto-me se ela é de alguma criança. Ou é de uma mulher adulta, que guarda um pouco de sua pureza na boneca que lembra a sua infância, quando tudo era menos difícil. Mas a boneca de ponta a cabeça me lembrou um arcano do tarô, "o enforcado", que pela simbologia significa sacrifício, entre outras coisas que, por analogia, se assemelham muito à dureza que muitos brasileiros vivem. Talvez aqueles brasileiros cujo quintal foi capturado por suas lentes.

Aquele cachorro sugere que há tanto afeto naquela casa... e amizade. Sabe que na época do Renascimento, em pinturas que retratam cenas de intimidade doméstica quase sempre há um cãozinho deitado? Aquele momento de descanso no fresquinho do chão de terra batida é de dar inveja, inveja pelo prazer das coisas simples que esquecemos nessa corrida louca e capitalista que é a vida.

Pra finalizar, caríssimo, só me resta dizer que se sua fotografia me trouxe tantas reflexões e emoções, imagine pra curadoria, que deve ser composta por pessoas com conhecimento de causa.

Karin Magnavita
               Mestranda em Belas Artes 

Festa do Bembé - Ano 2011

Uma festa com muito significado para os negros, principalmente por estar relacionada a comemoração do fim da escravatura. É uma festa popular, que ocorre no Reconcavo baiano e ainda é muito pouco conhecida, considerando a sua importancia política e religiosa.

Confira a documentação fotográfica desse evento!

OlhoNoOlho

 


Tenho um grande carinho por esta sėrie por ser algo muito particular. Levo até vocês uma pequena seleção de registros feitos entre 2003 e 2009 que revela o ato de retornar aos lugares fotografados e presentear os retratados com as suas fotos, portanto batizei esse conjunto como “OLHONOOLHO”. Abro a experiência que viví em dois pequenos lugarejos da Chapada Diamantina a pitoresca Igatu a “cidade de pedra”  e o quase desconhecido povoado do Rio Grande (a primeira tem menos de 700 habitantes e a outra menos de 250).

Clique e veja as imagens!!!

Maravilhosas Magrelas

Embora ela tenha nascido na Europa, as bicicletas - chamada carinhosamente de “magrelas”  - fazem parte do cotidiano do brasileiro e é muito comum vê-las cruzando os becos e ruelas das nossas cidades. Por vezes, as temos como meio de transporte barato, outras como objeto de  esporte e lazer, o fato é que elas estão sempre lá compondo a paisagem. Nada mais ecológico e saudável que fazer uso dessas companheiras.

Fiz um apanhado de fotografias realizados em localidades variadas (Chapada Diamantina-BA,  Interiores de Minas Gerais e do Maranhão e Salvador), o registro mais antigo foi de 1997 na  comunidade de Conceição dos Gatos-BA, onde utilizei um filme PB 400 com um resultado bem  granulada e o mais novo, realizado nesse último final de semana na Av Beira Mar, na Ribeira,  dessa vez com uma digital.   



Chapada Diamantina (em Fotografias Analógicas)

Dessa vez, o tema é justamente o que foi o meu começo no mundo da fotografia e também o de tantos outros fotógrafos: A NATUREZA. Para tanto sirvo-me da CHAPADA DIAMANTINA, onde direciono esta postagem (com imagens de até 13 anos...). 

Para quem não sabe, a Chapada Diamantina é a maior chapada do Brasil, está localizada na região central da Bahia e compreende pouco mais de 30 municípios. Ela faz parte da Serra do Espinhaço (que abrange os estados da BA até MG) e o seu grande diferencial é a diversidade de ecossistemas/biomas que possui.