Ricardo Sena é Aquariano, natural de Salvador-BA. Fotografa desde 1997, portanto há 13 anos exercita essa arte como meio para conhecer mais o mundo que o rodeia e a interação do homem com o seu ambiente. Atualmente utiliza equipamento digital, mas tem especial apreço pela película que reserva para alguns trabalhos autorais. Ele está partindo para experiências em foto “Pinhole” (tipo de fotografia adaptada com Lata de Leite e Caixa de Fósforo), pois afirma que o equipamento utilizado é o que menos importa, o que vale é a capacidade das imagens em gerar reflexão, emocionar a se mesmo e aos outros.
Durante vários anos, não mostrou o seu trabalho ao público, mas superou isso e já realizou algumas exposições. Quase sempre fotografa solitariamente e assim coleciona imagens de pequenos vilarejos, comunidades sertanejas, garimpos de diamante, famílias ribeirinhas e onde existe a presença humana e a sua relação com a natureza. Descobriu que a máquina fotográfica tem um poder de repelir ou aproximar as pessoas, vai depender muito de como o fotógrafo atuará – é um ato de conquista e de grande observação.

Acredita que, para uma boa fotografia, é preciso está disposto para beber em diversas fontes das artes (música, cinema, pintura, escultura, literatura, teatro, dança...) – tudo isso o influencia para um trabalho consistente – afirma. Ricardo Sena utiliza um componente antropológico para os seus registros, com maior inclinação para a Fotografia Humanista onde obtém maior satisfação, pois coloca-o em contato mais íntimo com as pessoas fotografadas, resultando em um trabalho mais honesto e digno possível das pessoas retratadas.
Atualmente ele está trabalhando na exposição que é um panorama do trabalho de uma década junto às comunidades variadas do Nordeste que passam alheias a maioria das pessoas ou são colocadas no final das prioridades pelo poder público e – através da fotografia - às coloca num patamar de visibilidade. Em paralelo está buscando a viabilização de seu livro - que não é fácil mas está confiante em um apoio financeiro.
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