OlhoNoOlho

 

Tenho um grande carinho por esta sėrie por ser algo muito particular. Levo até vocês uma pequena seleção de registros feitos entre 2003 e 2009 que revela o ato de retornar aos lugares fotografados e presentear os retratados com as suas fotos, portanto batizei esse conjunto como “OLHONOOLHO”. Abro a experiência que viví em dois pequenos lugarejos da Chapada Diamantina a pitoresca Igatu a “cidade de pedra”  e o quase desconhecido povoado do Rio Grande (a primeira tem menos de 700 habitantes e a outra menos de 250).

Clique e veja as imagens!!!  

Costumo dizer que a máquina fotográfica tem a capacidade de atrair ou repelir as pessoas... isso depende muito de como você está se portanto atrás dela. Há todo um preparativo, uma busca de uma intimidade mínima, por mais curta que seja o “pré-contato” é fundamental, pode ser o tempo de alguns dias que já esteja em um determinado lugar ou alguns poucos segundos de entreolhares trocados, mas que foram suficientes para um diálogo (ainda que sem palavras) e uma “aprovação” para a fotografia que acontece logo em seguida.

Quando fotografo as pessoas, busco sempre que possível, retornar com o material produzido e presenteá-los, mesmo que isso seja 1 mês, 1 ano , 5 ou 10 anos depois de ter feito a fotografia, não importa!... Entendo que esse retorno e essa entrega é um gesto de ATENÇÃO, reconhecimento e desapego (meu). Nesse momento o ciclo se fecha e quase sempre é a etapa  que me traz mais realização.... e obviamente é onde surgem sempre novas possibilidades de registros.

Além das fotos, a maior satisfação esta no carinho que é recebido quando se retorna com as fotografias das pessoas e os seus entes queridos. Você já não é mais um forasteiro ou um “turista” em busca de imagens. É uma sensação impar ver a garotada correndo atrás de você pedindo para ser fotografado e perguntando pelas fotos feitas na vez passada... Impressionante como um pouco de atenção faz diferença nas suas vidas, ainda que seja por poucas horas...

Um dos netos de Chiquinho de Igatu. Se puxar ao avô, será um grande conhecedor da região com muitas histórias para contar.

Dona Bié. 

Dona Luisa com uma de suas filhas. Mora na primeira casa chegando em Igatu e vende artesanato - casinhas de pedra em miniatura.

Raquel. A foto em que carrega ela aparece no quintal da sua casa com a sua "bateria" improvisada de latas velhas.

Dona Bié. Senhora muito agradável e que adora os bichos. Além do seu gato, certa feita retratei ela com o seu galinho de estimação "o Zé", em um belo PB.

Seu Otávio (Nos tempos antigos, foi um dos grandes comerciantes de diamantes)

Em Igatu. As duas fotos com 1 ano de diferença (anos 2006 e 2007)

Seu Guina, com foto do seu estabelecimento Bar Igatu

Povoado do Rio Grande (Entre a cidade de Palmeiras e o Vale do Capão)

Povoado do Rio Grande (Entre a cidade de Palmeiras e o Vale do Capão)

Crianças do Rio Grande com as fotos presenteadas